22/12/2007

Sinto...Que já não te vejo!


Não compreendo como não tenho tempo e como este sabe a pouco quando até esse pouco passa depressa só para me chatear.
São mais de mil as teorias mas como não podia deixar de ser eu gosto de pensar por mim próprio e arranjei uma exactamente à minha medida.
Sinto que poucos luares são observados em segredo de barulho!
Sinto que um cantar de pardal passa despercebido quando chega a primavera.
Sinto que não há chuva que toque em quem não quer ser molhado.
Sinto que este mar já não fala sem magoar em quem nele se lava.
Até sinto que as estrelas se escondem no meio de tanta luz que me ilumina mas faz cegar.
Sinto que uma rua já não tem vida porque o frio veio como quem não quer nada.
É isto que vou fazer! Vou lembrar aquele pôr do sol que deveria estar ver num monte qualquer longe para me perder.
Quero fazer músicas que me façam lembrar de ti e que cada nota me toque na alma onde guardo melodias que ordeno por ordem alfabética condicionadas nesta caixa em forma de corpo humano.
É verdade! Nem dele me lembro deixando assim escapar a sua complexidade e harmonia por entre os dedos finos e pequenos que tenho.
Sinto que cada toque é falso quando se faz passar por bonito.

Dedicado ao meu amigo Pedro Cabrita

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